quando-sou-fraco-ai-e-que-sou-forte

A quem iremos nós? A jornada de Pedro e nossa busca por Deus

Senhor, a quem iríamos nós?

A frase acima não deve pertencer somente a Pedro. Quem de nós, ao longo dos diferentes desafios que vivemos e que, muitas vezes, não sabemos o que fazer, não tem ficado perdido sem saber aonde ir?

Quem pode resolver esse ou aquele problema? Quem pode me dar força verdadeira? Quem é o único que me ama incondicionalmente? Quem é aquele que morreu por mim e se doa diariamente na Sagrada Eucaristia?

Como podemos ver, esta frase não é de um homem só, mas é a frase que todos somos chamados a falar. Só Deus nos preenche verdadeiramente e traz vida em abundância. É inútil tentar ir a outra fonte, buscando se saciar. Pedro, um dia, ouviu uma voz que, mais que ressoar em seus ouvidos, ressoou em sua alma, isto é, ele ouviu: “vem e farei de ti pescador de homens”…ali começou a sua trajetória com Jesus.

Nem sempre o caminho foi fácil e muita coisa ele não compreendia; errava e logo depois buscava se emendar. Foi ele que teve a coragem de fazer o impossível, ou seja, andar sobre as águas. Também foi ele que teve a coragem de fracassar e pedir ajuda quando viu que estava se afogando. Estamos em um mundo que parece ter ojeriza ao fracasso, tudo tem de ser sempre perfeito. E aí vamos nos condicionando a isso e esquecendo que os fracassos também ensinam, pois é só com Deus que seremos verdadeiramente fortes. No entanto, para chegar neste ponto, é preciso saber primeiro reconhecer a fraqueza, pois como bem disse São Paulo: quando sou fraco aí é que sou forte, pois a minha força vem de Deus”. Dizer todos os dias, “a quem iríamos nós”, é reconhecer que não temos forças por nós mesmos e que tudo vem de Deus. Pedro é o melhor exemplo para nós dessa vivência paradoxal; é este homem forte chamado por Jesus a ser o primeiro Papa da igreja e é este homem fraco que, longe da força de Jesus, foi capaz de negá-lo três vezes.

Quer saber mais o que fazer? Tenha a coragem de rezar mais vezes exclamando: a quem irei? Busque mais a Jesus, procure-o, visite-o mais vezes no sacrário e você irá perceber que só Ele tem reais condições de preencher lacunas, curar feridas, ser força real e transformar a sua vida. Então, que também você e eu sejamos mais um a repetir esta frase: “Senhor, a quem iríamos nós?” pois só Ele, verdadeiramente, tem palavras de vida eterna.

Maria do Carmo Silva Santos (Du)

tema-seara-2025

A quem iríamos Senhor?

Eis que se iniciam os preparativos para o Seara 2025, e é muito interessante pensar nesse processo que o antecede. E, de verdade, é um processo que envolve oração, renúncias, provações, trabalho sério, comprometido, doações, algumas ansiedades e temores, mas, sobretudo, muita fé!

Após tantos anos, o Seara se tornou um evento tradicional na cidade de Viçosa. Então, nos dias de carnaval, nossa cidade assim como toda a região, já sabe que aqui o grande acontecimento tem um nome: Seara! E isso é maravilhoso!

Quantos testemunhos de profundas curas, libertações de vícios, conversões verdadeiras, quantas vocações sacerdotais e religiosas nasceram ali, quantos milagres, quanto amor à Igreja. Enfim, inúmeras histórias transformadas por Deus! E em 2025, para a honra e glória de Deus, não será diferente!

E um dos momentos mais importantes para o Seara é a definição do tema que será trabalhado ao longo de todo o encontro. Isso acontece primeiramente em nível nacional, ou seja, a coordenação da RCC do Brasil, após orações e muito discernimento, define o tema que será trabalhado, não só no Seara, mas em todos os retiros de carnaval da RCC que acontecem pelo Brasil.

Para 2025 o tema escolhido foi: “Senhor, a quem iríamos nós? ” (Jo 6, 68a). Um tema tão forte e profundo, que, sim, irá nos recordar que o Senhor é o único capaz de nos acolher como somos e, verdadeiramente, precisamos; que Ele é o nosso refúgio, nosso protetor e único caminho, mas, também, um tema que, a meu ver, é bastante provocativo.

Ao lermos esse trecho do Evangelho de Jesus Cristo, segundo São João, olhemos, inicialmente, para o seu contexto. Após a multiplicação dos pães e de recordar tantos prodígios que Deus havia realizado em favor do povo judeu, Jesus estava em uma conversa séria com os seus discípulos. E nessa conversa Ele dizia sobre si mesmo, que Ele é o pão da vida, ou seja, o pão que tem a VIDA ETERNA, e que para terem essa vida, seria necessário comer a sua carne e beber o seu sangue.

Então, diante desse discurso, muitos se assustaram, julgando ser duro o que Jesus dizia e muitos desses discípulos “já não andavam com ele” (Jo 6, 66). E é justamente, nessa hora que, Jesus pergunta aos doze, se eles também queriam ir embora. Todavia, em resposta, recebe essa maravilhosa exclamação de Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? ”

Certamente, Pedro já havia vivenciado momentos pessoais e comunitários em que só encontrou refúgio no Senhor. Momentos talvez de cansaço na missão, no lidar com os seus companheiros e consigo mesmo, grandes provas e tentações, enfim, horas difíceis em que ele entendeu algo que nós, também, somos chamados a compreender: Tem horas que só há o Senhor! Não há mais para onde ir!

Como disse, anteriormente, um tema que nos propõe recordar o nosso verdadeiro lugar, mas que, ao mesmo tempo, pode nos provocar! Afinal, quando Jesus me diz o que é necessário para que eu tenha a vida eterna, será que, realmente, estou disposta a acolher e obedecer? Ou, assim como muitos discípulos, de ontem e de hoje, também venho achando as suas palavras duras demais?

Pois bem gente, esse será o tema do Seara! Não sei vocês, mas eu já estou aqui a refletir para a minha vida em todo esse discurso de Jesus. Querendo, do fundo do meu coração, exclamar como Pedro: “A quem eu iria, Senhor? ”, porque, verdadeiramente, reconheço que não tenho mais para onde ir, e que, portanto, vou ficar com Ele e obedecê-lo!

Então, enquanto o Seara não chega oficialmente, que tal já ir preparando o coração para dar a sua resposta a Jesus?

Por agora, o que podemos dizer senão: seja bem-vindo Seara 2025!!!

Claudete de Freitas

seara-restaura-vidas

O Seara 2025 está chegando! Um encontro de transformação e renovação espiritual

Com grande entusiasmo e alegria, estamos nos preparando para o Seara 2025, um encontro que há 35 anos tem sido um poderoso instrumento de transformação de vidas. Ao longo dessas três décadas e meia, o Seara se consolidou como um espaço onde corações são curados, almas encontram salvação e muitos frutos são colhidos para a glória de Deus.

Para este próximo ano, o tema escolhido para o Seara não poderia ser mais oportuno: “Senhor, a quem iremos?” (Jo 6, 68a). Essas palavras ecoam no fundo de nossos corações, lembrando-nos que Jesus é, sempre foi e sempre será a melhor escolha que podemos fazer em nossas vidas. Muitas vezes, nos questionamos onde estaríamos se não tivéssemos sido escolhidos por Ele. Mas a verdade é que, ao escolhermos Jesus, encontramos o sentido verdadeiro de nossa existência. Ele nos resgatou da escuridão e nos trouxe para a luz, para que não mais andássemos sem rumo, dispersos pelo pecado.

A alegria de ter Jesus como destino final

A maior alegria que podemos experimentar é saber que não estamos mais perdidos. Quando Jesus Cristo se torna nosso destino final, nossa vida passa a ser pautada nele. O próprio Senhor nos afirmou em seu evangelho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Essa certeza nos move a viver cada dia com os olhos fixos no céu, guiados pelo caminho que Ele nos aponta.

O Seara 2025 será um momento especial de louvor, adoração e profunda renovação espiritual. Queremos, juntos, sob a força do Espírito Santo e com a intercessão amorosa da Virgem Maria, exaltar e bendizer o nome do Senhor. Será um tempo de graça, onde cada participante terá a oportunidade de se aproximar ainda mais de Jesus, reavivar a fé e fortalecer a caminhada cristã.

Venha participar e viva essa experiência de fé!

Convidamos você, sua família e todos os seus amigos a se juntarem a nós no Seara de 2025. Prepare seu coração para viver dias inesquecíveis, cheios de oração, partilha e comunhão fraterna. Que possamos, juntos, renovar nosso compromisso de seguir a Jesus, aquele que é o nosso único caminho, verdade e vida.

Contamos com sua presença e orações para que este Seara seja, mais uma vez, um marco de transformação e salvação para todos os que dele participarem. Que Deus abençoe a todos e nos conduza, sempre, na direção da vida eterna!

Seara 2025: transformando vidas, curando corações, salvando almas.

Silvinho Fagundes

SEARA-2024-pa-1-1024x1024tub

Aproximemo-nos do trono da graça!

Se Deus nos convida a nos aproximar dEle, isso significa que não estamos perto o suficiente ainda.

Suzane começou a palestra lendo o livro de Hebreus, capítulo 4, versículos 14 ao 16, que diz que temos um sumo sacerdote, Jesus, e por isso “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (16)”.

Deus nos convida a nos aproximarmos dEle. Muitas vezes são as fraquezas e as dificuldades que vão nos aproximar de Deus, pois de todo mal aparente, Deus tem um bem permanente. O problema é que algumas vezes pensamos que nossa vida é aqui, e isso tira o sentido das coisas, se questionarmos demais o porquê das situações difíceis que vivemos, vamos acabar nos perdendo, precisamos olhar para o para quê, pois a resposta é, para adorarmos a Deus e nos aproximarmos mais dele.

Precisamos nos aproximar de Deus para o adorar, pois a  adoração liberta o homem de todo fechamento de si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo, quando adoramos, paramos de fixar os olhos em nós mesmos e olharmos para Deus.

Ela disse também sobre o nosso primeiro trono ser a cruz de Jesus, e por isso não podemos nos afastar dela, porque ela nos levará a salvação. Não podemos nos colocar no centro das situações e governar a nossa vida, uma vez que quando fazemos isso nos colocamos no lugar de Deus e nos afastamos da presença dEle. O homem é semelhante ao que ele ama, e se ele se afasta de Deus passa a se assemelhar ao que ele busca e vira uma caricatura, deixando de ser imagem de Deus. Não podemos nos contentar em ser caricatura do mundo, pois somos filhos amados de Deus.

Aproximar da Cruz é se aproximar do Deus que está vivo e presente no meio de nós. Ele é o Senhor que governa a nossa vida. Deus às vezes nos coloca em situações onde reconhecemos que não há vida, que o nosso redor é um vale seco, mas quando colocamos Cristo no meio, Ele trás vida aos ossos secos, porque nEle, nós enfim vencemos.

O trono da nossa vida não é nosso, é de Deus, Ele precisa estar acima de tudo. Se amamos algo mais do que a Deus, se alguma situação na nossa vida está no centro, já saímos da graça e precisamos voltar, pois sair da graça é entrar na desgraça. Sair da graça de Deus é perder o nosso bem mais valioso, que é Cristo.

Durante a confissão, nossos pecados são absolvidos, e isso é muito necessário, pois o pecado que não é absolvido é absorvido, gera doenças em nós e gera por fim, a morte, Deus deseja nos livrar de tudo o que tem nos afastado da graça dEle.

Suzane citou também Santo Antão, que travava duras batalhas contra Satanás e muitas vezes ele se sentiu sozinho, sem forças, como se não conseguisse encontrar Deus em meio a essas dificuldades, mas Jesus sempre estava com ele, Jesus sempre vence em nossas vidas. O consolo de Deus para ele é que “Eu queria de vê lutar”, Deus quer que lutemos pela nossa salvação, quer que lutemos por Ele, pois nós lutamos por aquilo que amamos.

Precisamos pregar com a nossa vida. Se a nossa vida incomoda Satanás, nosso nome é conhecido no inferno. Precisamos gastar a nossa vida para Deus, nos aproximando dele na Graça ou na raça, muitas vezes é com vontade de servir, de rezar e de ir à missa, outras vezes é fazer tudo isso sem vontade, mas sabendo que é necessário, lembrando sempre que nenhuma provação que passamos aqui se compara com os sofrimentos do purgatório. Precisamos oferecer as nossas dores a Deus porque Ele se compadece dos nosso sofrimentos, oferecer pela nossa santidade, essas dores podem nos ajudar a chegarmos mais rápido perto dEle.

O tamanho da nossa dor hoje é o tamanho da graça. Se retirarmos Deus do centro, não teremos parte com ele, mas se Deus encontrar uma única brecha em nossos corações, Ele entrará, por isso precisamos rasgar, não as vestes, mas o coração. É preciso deixar que a nossa miséria se encontre com a misericórdia de Deus.

Gastar a nossa vida com o propósito de eternidade. Deus tem um propósito de Céu para nós. Ou o nosso sofrimento nos adoece, ou nos santifica. As situações não podem nos tirar da presença de Deus. Precisamos ter decisão, isso é, dar cisão; para buscar o trono da graça vamos precisar cortar com muitas coisas, deixar o velho homem para trás e buscar a Cristo decididamente, rompendo com o pecado, rompendo com diversas coisas.

Por fim, precisamos tomar cuidado, pois é fácil acreditamos em Deus quando tudo vai bem, porém, quando algo dá errado nós paramos. Precisamos nos aproximar com uma atitude confiante, não importa a distancia que estamos do trono da graça, temos que nos aproximar, quando caminhamos precisamos deixar algo para trás. Dando um passo após o outro. Não dá para caminhar com Cristo e caminhar com as coisas que nos afastam da presença dEle, continuando no pecado, com a vida velha. Caminhemos portanto, confiantes.

SEARA-2024-pa-1-1-1024x1024tub

Derramareis sobre vós águas puras!

“Deus tem sido o seu sustento?” Rogério Muniz começou sua pregação com esse questionamento, mostrando para nós, que Deus está sempre nos dando oportunidades para louvá-lo e sair em busca da salvação. Dessa forma, enquanto não aceitamos Deus em nossa vida, ele não pode fazer seu milagre, mas se você acreditar e pedir a Deus, ele te ouvirá e ajudará.

Logo, temos que estar dispostos a deixar Ele cuidar de nós e estar dispostos a aceitar todas as coisas que deverão acontecer em nossas vidas, já que nem sempre, achamos que nosso caminho está sendo olhado por ele, entretanto, devemos saber passar pelas partes ruins da vida em Deus para crescer com ele e acreditar em sua graça.

Rogério comentou também sobre o pecado, falando sobre os três pontos que nos levam a pecar: o lugar, o momento e a companhia em que se encontra, mostrando que seus erros tem que ser reconhecidos por si para que você se confesse e volte a estar em comunhão com Deus, assim, uma vez livre Nele, sempre livre estará. Após isso, comenta sobre o acontecimento da “bondade errada”, que acontece quando não queremos nos colocar no projeto de Deus, escolhendo a forma mais fácil ou menos indolor, e não o correto. Devemos seguir sempre os passos de Deus, e não agir como se fosse ele; devemos olhar para Jesus como uma forma de se espelhar.

Disse também, que a fé nos fala para olharmos o céu que é sempre como olhar para Deus, pois olhar para o mundo nem sempre irá refletir o que Ele faria e nem como ele nos levaria nessa situação. Rodrigo menciona a musica do momento de oração da última segunda-feira, “O Segredo É Adorar” onde diz “eu e Deus e ninguém mais, o encontro mais perfeito que já vi”, nos exemplificando que estaremos apenas com a Graça Divina para vivermos a vida, pois apenas ela sabe o melhor para nós. E assim, devemos ter amigos verdadeiros para nos levar sempre em Deus, pois apenas com companhias divinas iremos ter a salvação.

Durante a palestra, tivemos o testemunho de uma jovem participante do grupo de jovens JSC (Jovens Seguidores de Cristo), mostrando que sua fé era tão grande que ela não precisava de sinais de Deus, e dessa forma ela conseguiu acreditar que Jesus iria curar a família dela e aproximar cada vez eles de Deus, mostrando que as dificuldades dela foram grandes, mas assim que ela se gratificou e soube com 100% de certeza que tudo daria certo. Logo após esse grande momento de encontro com Deus, ela teve um encontro com sua família que lhe provou que a graça de Deus estava ali o tempo todo cuidando e protegendo ela.

A partir disso, mostrando que a Graça de Deus é para todos nós, Rogério terminou sua pregação com um momento de oração, que diz sobre a aceitação e certeza de Deus em sua vida, depois, pediu para as pessoas se juntassem em grupos de cinco ou mais pessoas para que cada um rezasse um para o outro, para que todas pudessem pedir ao Espírito Santo para iluminar a sua vida e aceitar Deus, enquanto as outras pediam para que todos tivessem oportunidade de experimentar a Ele. Durante o momento de oração. Com sorrisos e abraços, esse momento teve fim.

Em relação ao caminho da pregação, fora instruído por ele a pedir proteção em nossa cabeça, boca, ouvidos e olhos; para que em nossa cabeça, pare de existir pensamento e imagens ruins e impuras, nossa boca, para que sejamos iluminados a apenas falar coisas boas e que não magoe ninguém, e nossos ouvidos e olhos para apenas vermos e ouvirmos o que for bom e conveniente para as nossas vidas, para que coisas negativas não nos chegue. Dessa forma, com a confirmação de que somos sol e luz em terra, Rogério termina sua pregação.

SEARA-2024-pa-11-1024x1024tub

Comunidade: sustento e força

O pregador começou nos lembrando que, embora o retiro Seara tenha um fim, o Seara em si é constante. Nossa caminhada de fé é longa, e é fundamental que Deus esteja sempre no centro de nossas vidas. Devemos amá-Lo mais do que a qualquer outra pessoa, e esse amor deve ser refletido nas nossas relações, especialmente com nossa família, que é a nossa primeira comunidade.

Sérgio utilizou a passagem de Êxodo 17, 8-13, que narra a vitória de Josué sobre Amaleque. Essa vitória não se deveu à força de Josué, mas sim à ajuda de seus irmãos, que foram usados por Deus como canais de Sua graça. Assim como eles, Deus nos utiliza como instrumentos em Suas mãos. Por isso, precisamos estar abertos aos Seus chamados em nossas vidas. Embora o serviço a Deus possa exigir sacrifícios, não devemos nos contentar com o pouco; devemos nos esforçar ao máximo para cumprir nossa missão de servir a Ele.

Para receber cura e libertação, é fundamental estar em comunidade; não conseguimos nos sustentar sozinhos. É comum buscarmos a ajuda de nossos irmãos quando precisamos de uma graça, mas, infelizmente, também é frequente abandoná-los após alcançá-la. Essa atitude cria brechas que permitem ao inimigo nos tentar e nos afastar ainda mais de Deus, até que essa solidão se torne insustentável. É essencial lembrar que nossa caminhada de fé deve ser vivida em união, apoiando-nos mutuamente e permanecendo firmes na presença do Senhor.

Segundo o pregador, “quem não for batizado no Espírito Santo não conseguirá suportar, e quem não vive em comunidade também não conseguirá”. Embora possamos pedir e, muitas vezes, receber graças, é a vida em comunidade que mantém o fogo do Espírito aceso em nossos corações. É através dessa vivência em união que encontramos força e apoio para perseverar na caminhada rumo ao céu!

Embora seja um desafio, devemos nos empenhar para criar os meios necessários para viver a vida comunitária. Como católicos, somos chamados a servir dentro de nossa paróquia e em grupos de oração. Esses ambientes nos proporcionam a oportunidade de fazer amigos na fé, que estarão ao nosso lado nas batalhas que enfrentamos. Ao sermos usados como instrumentos do Senhor, teremos a força necessária para vencer.

Portanto, nossa busca deve ser sempre pela unidade em Cristo, com o verdadeiro desejo de estabelecer vínculos que perdurem até o céu. Devemos almejar chegar ao encontro do Senhor com a certeza de que levamos muitos outros conosco.

SEARA-2024-pa-2-1-1024x1024tub

Missa de encerramento do Seara 2024

A Santa Missa do último dia do Seara 2024 foi presidida pelo Pe. Reginaldo Coelho, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Viçosa; pelo Pe. Fernando Paulo, da Paróquia Santíssima Trindade, do município de Ponte Nova; e, também, pelo Pe. Rosemar, do Seminário de Mariana.

Ao iniciar a homilia, Pe. Reginaldo Coelho faz um pedido de oração pelos seminaristas e reforça à comunidade – “Padre não cai do céu, não, viu, gente!” – a necessidade da oração para aqueles que serão futuros padres da nossa Igreja e, ainda, encorajou aos meninos que desejam ser padres e estavam presentes no Seara. “Rezem pelas vocações. Vocações nascem onde tem oração, onde tem a presença de Deus” e, depois, exclamou: “Feliz da família que reza com seus filhos!” Em contrapartida, chamou a atenção para a realidade na qual vivem muitas famílias da sociedade atual, onde têm tempo para tudo, menos para Deus. “Como é triste uma família sem paz, sem diálogo, sem união, sem perdão e, mais ainda, sem Deus”, disse. No entanto, há alegria em seguir a Jesus e, nas palavras do pároco de Fátima, “quem segue a Jesus por amor, permanece com Ele sempre, até o fim” e, portanto, vale a pena dar a nossa vida por Cristo, visto que Ele “não tira nada de nós, nos dá tudo!

A reflexão foi feita baseada no Evangelho de João 20,19-31, no qual narra a aparição de Jesus Ressuscitado aos discípulos que se encontravam trancados, com medo dos judeus e inseguros, porque o Mestre já não estava com eles. No entanto, bastou que Jesus Se colocasse no meio deles, saudando-lhes com a paz, e eles “alegraram-se ao ver o Senhor” – tema do Seara 2024 – e foram proclamar o Evangelho de Jesus.

Nesse sentido, o Pe. Reginaldo traz uma pergunta aos fiéis: “qual medo tem prendido você? O que te impede de seguir melhor a Jesus Cristo?” e ressalta que a marca da vida dos primeiros cristãos – e que deve marcar a nossa vida – é a ALEGRIA: a alegria de quem segue Jesus! Não podemos ser cristãos com “cara de vinagre, azedos” de modo que as pessoas nos olhem e não vejam a alegria do Evangelho de Cristo. Não! Para isso, o padre incentiva: “saiamos do nosso medo, do nosso comodismo, do nosso fechamento, para sairmos deste encontro anunciando ao mundo como é bom encontrar com o Senhor! Vale a pena levar essa alegria para sempre em nossa vida!

E levar a alegria de Cristo é ser instrumento de paz aonde quer que se esteja: no trabalho, no seio familiar, em nossa comunidade… “Eu carrego essa marca de Jesus? A marca da paz, de ser mensageiro do ressuscitado?”. “Quem segue a Jesus, segue ao Senhor crucificado e ressuscitado.” Ser cristão não é tarefa fácil. É renúncia, é sacrifício. É preparar-se para carregar a cruz, mas também para ter vida e vida em abundância. Por isso, a necessidade de pedir, como Tomé, ao ver diante de si Jesus Ressuscitado: “Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé”, para que a nossa fé seja fortalecida e cada um leve a eleza da fé aos outros.

Padre Reginaldo indica algumas maneiras de cultivar a fé: na intimidade com Deus, na oração pessoal, na Santa Missa dominical, nas comunidades e finaliza com um desejo de novo ânimo aos fiéis: “como é bom seguir Jesus Cristo, ter a certeza da alegria em nossa vida, alegria que não passa, mas que é para a eternidade. Que Deus nos ajude a sairmos daqui católicos muito mais animados, fortalecidos, cheios da santa alegria de Deus. O mundo precisa desta santa alegria de Deus! E você é instrumento.

SEARA-2024-pa-13-1024x1024tub

Alegraram-se ao ver o Senhor!

O Padre Carlos Renato iniciou a pregação dizendo que Jesus vive e se faz presente no meio de nós e, portanto, isso deve ser um motivo de alegria para o nosso coração! No evangelho de João quando Jesus pôs-se no meio deles “Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor” (Jo 20,20), aqueles que estavam com medo e apavorados, pois tinham acabado de viver a pior experiência de suas vidas, de ver Jesus Cristo sendo morto numa cruz, aqueles que deixaram suas redes, seus barcos, e suas famílias para seguir Jesus experimentaram de forma profunda essa alegria em suas vidas.

Ele inicia nossa reflexão com essa palavra, nos fazendo um questionamento: quantas vezes nós não nos sentimos assim com medo? Seja do nosso futuro, de uma doença, de ficar desempregado ou de perder alguém que amamos? Todos nós trazemos medos que precisam ser curados e tocados pela graça de Deus, vivemos o mesmo sentimento dos apóstolos, muitas preocupações e angústias que são, muitas vezes, frutos das inseguranças que sentimos, da falta de confiança maior que precisamos colocar em Deus. Pode ser que em muitos momentos na nossa vida tenhamos dúvidas, será que Deus está realmente vendo essa dificuldade, será mesmo que o Senhor me ama, por que o senhor permite isso? E quando Jesus fala no meio dos discípulos é como se todos esses sentimentos e questionamentos se dissipassem do coração deles e do mesmo modo é o que a somente a presença dEle é capaz de fazer conosco.

O padre nos convida a contemplar Jesus que se faz presente no meio de nós. Assim como Ele se colocou no meio da sala com seus apóstolos, também se coloca no meio de nós, neste Seara, porque Ele quer estar perto de nossas vidas e isso deve encher nosso coração de alegria!

A certeza de saber que Jesus Cristo vive nos faz vê-lo em muitas situações na nossa vida, seja nos momentos de alegria ou nos dolorosos. Se nós nos colocarmos atentos, vamos enxergar em quantas situações Deus se manifesta, basta abrir o coração e pedir a graça de percebê-lo em nossa vida, para que Ele se mostre a nós nos mais simples acontecimentos. Jesus se faz presente no meio de nós, porque quer ser o centro da nossa vida, Ele quer ser o Senhor da nossa história e a única coisa que Ele pede a nós é um coração aberto, um livre acesso. Ele nos ama e a maior alegria dEle é estar perto de nós!

Por fim, o Padre nos convida a perceber a presença de Deus no meio de nós, pedir a graça de não desviar nossos olhos, coração e pensamentos dEle que ressuscitou e não sai do nosso lado de forma alguma! O que devemos fazer é entregar nossa vida ao Senhor e confiar, pois Ele agirá, nós precisamos desse abandono! Nós precisamos e podemos nos encher de alegria que vem do Seu Espírito!

SEARA-2024-padre-1024x1024tub

Homilia – Missa dia 12/02/2024 (Segunda-feira)

A homilia do dia 12 de fevereiro de 2024 foi sobre o Evangelho de São Marcos capítulo 8, versículos 11 ao 13. Nele, os fariseus, vieram questionar Jesus, não com o real interesse em conhecer a verdade que Ele ensinava, seus corações não estavam abertos para acolher os ensinamentos de Cristo, eles queriam, maldosamente, colocar Jesus a prova.

Hoje, muitas pessoas são como esses fariseus, seus corações não estão abertos para acolher os ensinamentos e nem a Boa Nova de Jesus Cristo, isso as leva a questionar a doutrina da Igreja e muitas vezes pressionar e questionar aqueles que pregam a palavra de Deus.

No Evangelho, os fariseus pedem um sinal do Céu, sinal esse que Jesus poderia facilmente dar, mas Ele se nega, porque sua preocupação não era o que aqueles homens pensavam dEle, não era agradar o mundo, muito pelo contrário. Muitos são aqueles que querem atacar a fé, que propagam valores contrários  ao Evangelho, mas aqueles que creem no Senhor não têm medo dos que podem matar o corpo, ou dos que podem humilhar ou desmoralizar, aqueles que tem fé não estão preocupados em agradar aos homens, mas procuram cumprir a vontade de Deus em tudo.

Aqueles que creem não comungam com o pecado, com o mal, com a injustiça, com a exploração dos indefesos, com a pornografia, com a imoralidade, com a devassidão nem com nenhum tipo de pecado do mundo, mas, batizados pelo Espírito Santo, procuram fazer a vontade de Deus. Sem desanimar diante dos sofrimentos que aqueles que não querem abraçar a fé podem impor.

Jesus, por fim, deixa os fariseus e se dirige para outra margem, para continuar anunciando o Evangelho e a boa nova do Reino de Deus. Seguindo seu exemplo, não podemos parar de anunciar Jesus Cristo e seu Evangelho, não podemos parar de anunciar a Salvação, a Ressureição de Nosso Deus, o batismo no Espírito.  Não podemos parar diante daqueles que não creem, a experiência com o Espírito Santo precisa ser levada ao mundo, pois a sua Graça pode transformar vidas.

Não se pode ter medo daqueles que não vão entender, daqueles que vão criticar, falar mal ou mesmo  humilhar, não se pode ter medo de anunciar aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Quando estivermos diante dos tribunais, não precisamos temer, pois o Espírito Santo falará através de nós. Deus sempre passa na frente, aqueles que confiam no Senhor não precisam ter medo daqueles que são capazes de perseguir, que são contra os valores e princípios do Evangelho, pois o Senhor vai a nossa frente para que nós não desanimemos.

Padre Carlos ainda ressaltou que somos chamados a anunciar o Senhor, anunciar Jesus e dar testemunho com a nossa vida, pois Deus quer usar de nós para alcançar muitos corações, usar de nós para que nossa família, amigos, colegas de trabalho e tantas outras pessoas com as quais convivemos se convertam e conheçam Jesus, precisamos ir para a outra margem anunciar Jesus.

Por fim, o padre falou sobre as sete verdades do bambu, que não se quebra diante das tempestades porque ele é humilde e se reclinou diante da tempestade, se inclinando para Deus. O bambu tem raízes profundas, que são alcançadas por meio da oração. O bambu não cresce sozinho, mas se apoiam uns nos outros, e assim nós também, precisamos nos apoiar nos nossos irmãos da comunidade. Não possui galhos, o objetivo dele é o alto e por isso não perde tempo com os galhos, semelhante, também precisamos nos desapegar de tudo o que é insignificante e secundário, sem nos prendermos às coisas desse mundo. O bambu é cheio de nós, isso são os problemas que superamos, as dificuldades que nos tornam mais fortes. O bambu é oco, vazio de si mesmo, semelhante, precisamos nos esvaziar de tudo, para podermos ser cheios do Espírito Santo. Por fim, o bambu só cresce para o alto, em direção ao Céu, assim, nós também devemos ter como meta as coisas do alto, nele deve estar o nosso tesouro e o nosso coração. Sejamos perseverantes até o fim.

SEARA-2024-pa-3-1024x1024tup

Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras!

Geraldo começou a pregação lendo o livro de Apocalipse, capítulo 2, 1-7. Na passagem, São João, já idoso, estava tendo uma experiência profunda com Deus, o que só foi possível porque ele perseverou, porque o fogo do amor de Deus que ele experimentou quando era jovem, não se apagou.

Ele foi descrevendo a passagem, no inicio Deus fala que conhece as obras, os trabalhos, a paciência, Deus nos conhece tão bem, porque Ele é nosso amigo íntimo, que está conosco sempre, enquanto trabalhos, enquanto estamos em casa, enquanto estamos com nossos amigos.

O desejo de Deus, é que aprendamos a colocar todas as coisas que temos e somos aos seus cuidados, recorrendo a Ele em primeiro lugar, partilhando sobre tudo o que está em nossos corações por meio da oração, jamais recorrendo a outras coisas porque achamos que Deus demora. Não podemos parar nas dificuldades e nem desanimar, porque Deus é aquele que nos ama e nos levanta, acordando e dormindo ao nosso lado, andando no meio de nós.

Geraldo falou também que muitas vezes, depois desse primeiro encontro com Deus, o amor vai esfriando, e o que antes era feito com amor, paciência, entusiasmo, vai sendo feito de qualquer maneira, com preguiça e má vontade. O desejo de Deus é o arrependimento, o abandono das obras más, é preciso converter o coração e a mente e voltar a fazer tudo com amor. Conversão é mudar de direção, precisamos nos adequar a Deus e não buscar que Ele se adeque àquilo que queremos viver.

A experiência com Deus todos os dias vale a pena, experiência que é vivida principalmente por meio da oração. Precisamos buscar o amor, porque o amor dEle que experimentamos um dia permanece conosco, o amor que Ele plantou em nosso coração Ele jamais vai tirar, se não percebemos mais esse amor não é culpa de Deus, mas nossa que paramos de perceber a presença dEle no dia a dia. Foi assim que São João permanecia firme, mesmo tendo se passado anos do encontro com Jesus e mesmo tendo passado por tantas dificuldades e sofrimentos ao longo do tempo.

Por isso precisamos retornar as primeiras obras, lembrar da primeira missa, do primeiro encontro, das coisas que Ele fez em nós e ter coragem de deixar Deus virar a página da nossa vida, abandonando todas as coisas que fazíamos e que não era bom.

No final, Geraldo nos lembrou que quando fazemos essa experiência do amor de Deus, largamos o pecado e entregamos todos os pedidos do nosso coração nas mãos dEle, confiando que Ele cuida de tudo, e o louvor brota livremente de nossos corações, voltemos, portanto, a cuidar primeiro das coisas de Deus, porque Ele cuida das nossas.