Se Deus nos convida a nos aproximar dEle, isso significa que não estamos perto o suficiente ainda.
Suzane começou a palestra lendo o livro de Hebreus, capítulo 4, versículos 14 ao 16, que diz que temos um sumo sacerdote, Jesus, e por isso “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (16)”.
Deus nos convida a nos aproximarmos dEle. Muitas vezes são as fraquezas e as dificuldades que vão nos aproximar de Deus, pois de todo mal aparente, Deus tem um bem permanente. O problema é que algumas vezes pensamos que nossa vida é aqui, e isso tira o sentido das coisas, se questionarmos demais o porquê das situações difíceis que vivemos, vamos acabar nos perdendo, precisamos olhar para o para quê, pois a resposta é, para adorarmos a Deus e nos aproximarmos mais dele.
Precisamos nos aproximar de Deus para o adorar, pois a adoração liberta o homem de todo fechamento de si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo, quando adoramos, paramos de fixar os olhos em nós mesmos e olharmos para Deus.
Ela disse também sobre o nosso primeiro trono ser a cruz de Jesus, e por isso não podemos nos afastar dela, porque ela nos levará a salvação. Não podemos nos colocar no centro das situações e governar a nossa vida, uma vez que quando fazemos isso nos colocamos no lugar de Deus e nos afastamos da presença dEle. O homem é semelhante ao que ele ama, e se ele se afasta de Deus passa a se assemelhar ao que ele busca e vira uma caricatura, deixando de ser imagem de Deus. Não podemos nos contentar em ser caricatura do mundo, pois somos filhos amados de Deus.
Aproximar da Cruz é se aproximar do Deus que está vivo e presente no meio de nós. Ele é o Senhor que governa a nossa vida. Deus às vezes nos coloca em situações onde reconhecemos que não há vida, que o nosso redor é um vale seco, mas quando colocamos Cristo no meio, Ele trás vida aos ossos secos, porque nEle, nós enfim vencemos.
O trono da nossa vida não é nosso, é de Deus, Ele precisa estar acima de tudo. Se amamos algo mais do que a Deus, se alguma situação na nossa vida está no centro, já saímos da graça e precisamos voltar, pois sair da graça é entrar na desgraça. Sair da graça de Deus é perder o nosso bem mais valioso, que é Cristo.
Durante a confissão, nossos pecados são absolvidos, e isso é muito necessário, pois o pecado que não é absolvido é absorvido, gera doenças em nós e gera por fim, a morte, Deus deseja nos livrar de tudo o que tem nos afastado da graça dEle.
Suzane citou também Santo Antão, que travava duras batalhas contra Satanás e muitas vezes ele se sentiu sozinho, sem forças, como se não conseguisse encontrar Deus em meio a essas dificuldades, mas Jesus sempre estava com ele, Jesus sempre vence em nossas vidas. O consolo de Deus para ele é que “Eu queria de vê lutar”, Deus quer que lutemos pela nossa salvação, quer que lutemos por Ele, pois nós lutamos por aquilo que amamos.
Precisamos pregar com a nossa vida. Se a nossa vida incomoda Satanás, nosso nome é conhecido no inferno. Precisamos gastar a nossa vida para Deus, nos aproximando dele na Graça ou na raça, muitas vezes é com vontade de servir, de rezar e de ir à missa, outras vezes é fazer tudo isso sem vontade, mas sabendo que é necessário, lembrando sempre que nenhuma provação que passamos aqui se compara com os sofrimentos do purgatório. Precisamos oferecer as nossas dores a Deus porque Ele se compadece dos nosso sofrimentos, oferecer pela nossa santidade, essas dores podem nos ajudar a chegarmos mais rápido perto dEle.
O tamanho da nossa dor hoje é o tamanho da graça. Se retirarmos Deus do centro, não teremos parte com ele, mas se Deus encontrar uma única brecha em nossos corações, Ele entrará, por isso precisamos rasgar, não as vestes, mas o coração. É preciso deixar que a nossa miséria se encontre com a misericórdia de Deus.
Gastar a nossa vida com o propósito de eternidade. Deus tem um propósito de Céu para nós. Ou o nosso sofrimento nos adoece, ou nos santifica. As situações não podem nos tirar da presença de Deus. Precisamos ter decisão, isso é, dar cisão; para buscar o trono da graça vamos precisar cortar com muitas coisas, deixar o velho homem para trás e buscar a Cristo decididamente, rompendo com o pecado, rompendo com diversas coisas.
Por fim, precisamos tomar cuidado, pois é fácil acreditamos em Deus quando tudo vai bem, porém, quando algo dá errado nós paramos. Precisamos nos aproximar com uma atitude confiante, não importa a distancia que estamos do trono da graça, temos que nos aproximar, quando caminhamos precisamos deixar algo para trás. Dando um passo após o outro. Não dá para caminhar com Cristo e caminhar com as coisas que nos afastam da presença dEle, continuando no pecado, com a vida velha. Caminhemos portanto, confiantes.