Eis que se iniciam os preparativos para o Seara 2025, e é muito interessante pensar nesse processo que o antecede. E, de verdade, é um processo que envolve oração, renúncias, provações, trabalho sério, comprometido, doações, algumas ansiedades e temores, mas, sobretudo, muita fé!
Após tantos anos, o Seara se tornou um evento tradicional na cidade de Viçosa. Então, nos dias de carnaval, nossa cidade assim como toda a região, já sabe que aqui o grande acontecimento tem um nome: Seara! E isso é maravilhoso!
Quantos testemunhos de profundas curas, libertações de vícios, conversões verdadeiras, quantas vocações sacerdotais e religiosas nasceram ali, quantos milagres, quanto amor à Igreja. Enfim, inúmeras histórias transformadas por Deus! E em 2025, para a honra e glória de Deus, não será diferente!
E um dos momentos mais importantes para o Seara é a definição do tema que será trabalhado ao longo de todo o encontro. Isso acontece primeiramente em nível nacional, ou seja, a coordenação da RCC do Brasil, após orações e muito discernimento, define o tema que será trabalhado, não só no Seara, mas em todos os retiros de carnaval da RCC que acontecem pelo Brasil.
Para 2025 o tema escolhido foi: “Senhor, a quem iríamos nós? ” (Jo 6, 68a). Um tema tão forte e profundo, que, sim, irá nos recordar que o Senhor é o único capaz de nos acolher como somos e, verdadeiramente, precisamos; que Ele é o nosso refúgio, nosso protetor e único caminho, mas, também, um tema que, a meu ver, é bastante provocativo.
Ao lermos esse trecho do Evangelho de Jesus Cristo, segundo São João, olhemos, inicialmente, para o seu contexto. Após a multiplicação dos pães e de recordar tantos prodígios que Deus havia realizado em favor do povo judeu, Jesus estava em uma conversa séria com os seus discípulos. E nessa conversa Ele dizia sobre si mesmo, que Ele é o pão da vida, ou seja, o pão que tem a VIDA ETERNA, e que para terem essa vida, seria necessário comer a sua carne e beber o seu sangue.
Então, diante desse discurso, muitos se assustaram, julgando ser duro o que Jesus dizia e muitos desses discípulos “já não andavam com ele” (Jo 6, 66). E é justamente, nessa hora que, Jesus pergunta aos doze, se eles também queriam ir embora. Todavia, em resposta, recebe essa maravilhosa exclamação de Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? ”
Certamente, Pedro já havia vivenciado momentos pessoais e comunitários em que só encontrou refúgio no Senhor. Momentos talvez de cansaço na missão, no lidar com os seus companheiros e consigo mesmo, grandes provas e tentações, enfim, horas difíceis em que ele entendeu algo que nós, também, somos chamados a compreender: Tem horas que só há o Senhor! Não há mais para onde ir!
Como disse, anteriormente, um tema que nos propõe recordar o nosso verdadeiro lugar, mas que, ao mesmo tempo, pode nos provocar! Afinal, quando Jesus me diz o que é necessário para que eu tenha a vida eterna, será que, realmente, estou disposta a acolher e obedecer? Ou, assim como muitos discípulos, de ontem e de hoje, também venho achando as suas palavras duras demais?
Pois bem gente, esse será o tema do Seara! Não sei vocês, mas eu já estou aqui a refletir para a minha vida em todo esse discurso de Jesus. Querendo, do fundo do meu coração, exclamar como Pedro: “A quem eu iria, Senhor? ”, porque, verdadeiramente, reconheço que não tenho mais para onde ir, e que, portanto, vou ficar com Ele e obedecê-lo!
Então, enquanto o Seara não chega oficialmente, que tal já ir preparando o coração para dar a sua resposta a Jesus?
Por agora, o que podemos dizer senão: seja bem-vindo Seara 2025!!!
Claudete de Freitas
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